Imperdível

Duelo mais que imperdível entre Rafael Nadal e Andy Murray pela semifinal em Wimbledon. Repetindo o duelo nesta mesma fase do ano anterior, pode ser a revanche para o britânico. Neste ano, sinto Murray mais maduro e mais confiante. Tem administrado melhor a pressão em suas costas e joga sem o peso de ser favorito diante de Rafael Nadal.

Hoje, Murray teve a vitória mais tranquila do dia contra o também espanhol Feliciano López. Três sets rápidos e sem muito esforço. O número 4 do mundo deu trabalho para Nadal no saibro e nem é preciso afirmar que ele tem condições não só de passar pelo número 1 do ranking como se sagrar campeão na grama sagrada.

Já Rafael Nadal encontrou boa resistência do americano Mardy Fish. Teve que jogar seu melhor tênis nos sets finais para conseguir a vitória em 3 sets a 1. Nadal se esforçou e não mostrou nenhuma dor no pé em que realizou exames.

Rafa,obviamente, é favorito no duelo contra o britânico porém não dá para prever qualquer resultado. Andy Murray não poderá adotar seu jogo defensivo, até porque na grama isto é suicídio. Murray deve usar todo seu repertório de jogadas para deslocar Nadal por toda a quadra e chegar a rede com precisão. O saque pode ser um fator determinante no destino da partida. Uma coisa é mais que certa: este jogo é imperdível !

Surpresa na primeira semifinal de Wimbledon

Que Jo Wilfried-Tsonga é talentoso todos nós sabemos. O que ninguém esperava dele era essa virada espetacular contra o maior tenista de todos os tempos. Perdendo de dois sets, o francês surprendeu a todos com o nível de tênis apresentado hoje na Quadra Central de Wimbledon. O jogo mudou no terceiro game do terceiro set. Tsonga quebrou o saque de Federer e passou a ter o domínio da partida. Com um tênis extremamente agressivo, fechou todas as portas para o suíço que pouco buscou mudar o panorama da partida. Este é um dos defeitos de Federer. Ele tenta , a todo custo, impôr seu jogo mas quando não consegue dificilmente tenta buscar alternativas. Hoje ficou claro isso. Federer foi muito passivo e permitiu Tsonga dominar a partida, até de forma tranquila.

O francês teve 70% de aproveitamento de 1º saque contra 75% do suíço. Foram 18 aces de Tsonga e 17 de Federer. 22 erros não forçados e 63 winners para Tsonga contra 11 erros não forçados e 57 winners de Fed. Jogo disputadíssimo com uma vitória inesperada do francês.

Quem gostou do resultado desta partida deve ter sido o sérvio Novak Djokovic. O atual número 2 do mundo teve um jogo complicado contra a promessa australiana, Bernard Tomic, e venceu por 3 sets a 1. Nole, com toda certeza do mundo, prefere enfrentar Tsonga do que seu principal algoz, Roger Federer. Nole não brilhou no jogo de hoje. Cometeu 27 erros não forçados e disparou 39 winners.

Mais uma vez, o sérvio se encontra na situação de estar a apenas uma vitória do posto mais alto do ranking. Independente do resultado na final, só basta vencer a semi. Djokovic nunca esteve tão perto do número 1.

A agitada Segunda-Feira em Wimbledon

Segunda-feira agitada no All England Club. Após o tradicional Domingo de folga, os atletas retornaram a quadra para a disputa pela vaga nas quartas de finais. Excelentes jogos com grandes surpresas no chave feminina. A queda das irmãs Williams e da número 1 do mundo, Caroline Wozniacki, foram os resultados inesperados pelo público inglês. Na chave masculina, o que pode ser considerado uma surpresa foi a vitória do americano Mardy Fish diante do atual vicê campeão de Wimbledon, o tcheco Tomas Berdych. Atual sétimo do ranking, Berdych fazia uma boa campanha na grama inglesa mas provou novamente ser incostante. Perdeu em sets para o americano.

Com a presença do Príncipe William e sua esposa Kate Middleton, o tenista da casa, Andy Murray passou fácil pelo francês Richard Gasquet. A atuação do escocês foi animadora e digna de seu talento. Apenas 10 erros não forçados e 44 winners. Agressivo e com um excelente primeiro saque. Murray ,hoje, foi o que sempre pedimos dele. Não apenas um jogador defensivo mas o jogador completo que ele pode ser. Talento não falta para o 4 do mundo. Passou em sets diretos, 7-6(3), 6-3 e 6-2. Na quartas de final encara o espanhol Feliciano López que derrotou de virada o polonês vindo do qualy Lukasz Kubot em 5 sets. López é um tenista periogoso porém ninguém é louco de apostar numa vitória do espanhol.

Novak Djokovic, assim como quase em toda a temporada, passeou em quadra. Rapidamente , venceu o francês Michael Llodra por triplo 6-3. Nole cometeu apenas 6 erros não forçados e 32 winners. Seu aproveitamento de 1º saque também foi excelente: 69%. Sólido como sempre fica difícil imaginar o sérvio caindo para o companheiro e amigo Bernard Tomic. O australiano , que veiu do qualy, venceu o belga Xavier Malisse em sets diretos. Tomic sempre foi uma promessa e , após os seguidos problemas dentro e fora da quadra, tem conseguido mostrar seu talento.

Roger Federer levou um susto. Perdeu o primeiro set para o russo Mikhail Youzhny no tiebreak após desperdiçar dois set points. O segundo set foi parelho até o sétimo game quando o suíço quebrou o saque do russo, impôs seu jogo e caminhou tranquilo para a vitória. Triplo 6-3 com 25 erros não forçados e 54 winners. Federer tem pela frente o francês Jo Wilfried-Tsonga que passou em três sets pelo espanhol David Ferrer. É bom lembrar que Tsonga eliminou Nadal em Queen's Club e pode dar muito trabalho para Federer. Em minha opinião, pode ser a melhor partida das quartas de finais.

Rafael Nadal e Juan Martin Del Potro fizeram a melhor partida da segunda-feira e muito provável a melhor do torneio até agora. O argentino sabe que perdeu uma boa chance de vencer o número 1 do mundo. Todos os sets foram muito disputados e com belíssimos pontos. É animador ver Delpo reencontrando seu melhor tênis. Tudo indica que deve chegar muito confiante em Nova York na busca do bicampeonato. Os números demonstram o tão disputado foi a partida: Nadal teve 73% de primeiro saque, 16 erros não forçados e 61 winners. Delpo teve 70% de primeiro serviço, 21 erros não forçados e 44 winners. Baita jogo.

Preocupante no jogo de hoje foi a lesão que Rafael Nadal sentiu no seu pé ainda no primeiro set do jogo. O espanhol disse que ouviu "algo estalar" em seu pé quando pisou para bater de forehand e que pensou em abandonar a partida. Porém, com a proteção feita pelo fisioterapeuta, Nadal não sentiu muitas dores e conseguiu jogar em alto nível. O espanhol afirmou que passará por ressonância amanhã e que, dependendo do que for, pode abandonar o torneio. Quem agradeceria seria o americano Mardy Fish, seu adversário nas quartas de final, e Novak Djokovic que ganharia o posto mais alto do ranking. Esta declaração do espanhol deixou a todos espantados. Não acredito que Rafa irá se retirar do torneio a não ser que a lesão possa comprometer toda a sua temporada.

As quartas de finais acontecem na Quarta-Feira. Amanhã são realizados somente os jogos da chave feminina. Confira a chave masculina;

- Rafael Nadal (ESP) (1) x Mardy Fish (USA) (10)

- Andy Murray (GBR) (4) x Feliciano López (ESP)

- Jo Wilfried-Tsonga (FRA) (12) x Roger Federer (SUI) (3)

- Bernard Tomic (AUS) x Novak Djokovic (SBR) (2)

Fim da primeira semana de Wimbledon

Chegamos ao fim da primeira semana de Wimbledon com alguns belos jogos porém nenhum marcante. Em minha opinião, os melhores jogos que assisti foi entre Radek Stepanek x Fernando Verdasco , Lleyton Hewitt x Robin Soderling e o excelente tênis apresentado por Feliciano López diante de Andy Roddick.

Entre os jogadores do top 10, Andy Roddick, Gael Monfils e Robin Soderling já se despediram do torneio. Roddick caiu para Feliciano López. O francês Monfils perdeu em quatro sets para o polonês Lukasz Kubot em quatro sets. Já a maior zebra da semana se deu com o sueco Robin Soderling. O número 5 do mundo caiu para a promessa australiana Bernard Tomic em três sets direto. Neste ano, no Australian Open, Soderling também foi eliminado por uma promessa, o ucraniano Dolgopolov que depois pouco resultado expressivo teve. Resta saber agora se o australiano, tido com uma baita promessa, consiga mantar o nível de jogo e permanecer entre os tops.

Hoje, Roger Federer não deu nenhuma chance para o argentino David Nalbandian. O suíço chegou a declarar , antes da partida, que não gostara de já encarar o perigoso tenista argentino logo na 3ª rodada. Porém, Fed jogou demais e tornou o jogo muito tranquilo fechando em 3 sets direto.Nas oitavas, o número 3 do mundo encara o russo Mikhail Youzhny.

Rafael Nadal teve um jogo duro contra o Gilles Muller, de Luxemburgo. O espanhol ,como sempre, elevou seu nível de tênis nos momentos chaves e segue firme em Londres. Nas oitavas, duelo pra lá de interessante, contra o argentino Juan Martin Del Potro. Promessa de um jogaço !!!

Novak Djokovic teve trabalho contra o chipriota Marcos Baghdatis. Nole jogou bem abaixo e passou certo sufoco durante a partida.Cometeu 33 erros não forçados e seu saque não foi tão eficiente como costumou ser durante toda a atual temporada. Nole venceu por 3 sets a 1 e encara o francês saque-e-voleio Michael Llodra.

Andy Murray teve um duro jogo ontem contra Ivan Ljubicic. O britânico não fez uma partida espetacular, chegou a perder o 2º set, mas conseguiu vencer e seguir vivo em busca do sonho do título de Slam. Li algumas manchetes de "Murray vence mas não convence" e não me agradaram. Murray sobrou nos Slams em que foi vice-campeão. Na final, sempre deixou a desejar. O número 4 do mundo não foi realmente exigido a usar todas suas artimanhas para vencer. Vejo-o como grande favorito apesar de não ter sobrado em nenhuma partida. Na próxima fase encara o francês Richard Gasquet.

O atual vice campeão de Wimbledon, o tcheco Tomas Berdych, tem realizado uma excelente campanha até agora. Berdych não perdeu nenhum set e tem demonstrado um tênis muito sólido. Ano passado aprontou pra cima de Federer e é bom ficar atento de novo ao tcheco. Nas oitavas, encara o americano Mardy Fish.

De negativo na primeira semana foi a eliminação de todos os brasileiros. Thomaz Bellucci na primeira rodada, Ricardo Mello na segunda. Nas duplas, Sá/Ferreiro cairam na estreia e a principal dupla brasileira Melo/Soares foram eliminados hoje de virada. Agora o foco é total na Copa Davis.

Amanhã, como é tradicional em Wimbledon, não tem jogos. O primeiro domingo do torneio é de folga para os atletas. A segunda semana promete muito.

Bom final de semana a todos.

Pitacos de Wimbledon

Dia sem grandes surpresas em Wimbledon e novamente marcado pela chuva. Roger Federer mal suou a camisa e passou tranquilamente pelo francês Adrian Mannarino em sets diretos e agora reencontra um velho rival e perigoso, o argentino David Nalbandian. Novak Djokovic também teve uma atuanção muito segura e convincente diante do sul africano Kevin Andersone tem na terceira rodada o chipriota Marcos Baghdatis.

O melhor jogo do dia, em minha opinião, foi entre o sueco Robin Soderling e o australiano Lleyton Hewitt. Particularmente, sou muito fã do australiano. Me impressiona ainda sua garra e vontade de disuputar todos os pontos. Hoje, por três ou quatro vezes, Hewitt se atirou em quadra para ganhar os pontos. Abriu dois sets a zero e esteve muito perto de ter uma vitória brilhante no palco em que foi campeão em 2002. Soderling teve muita paciência e competência para virar a partida. Com dois sets a baixo e contra um adversário que corre em todas, o sueco conseguiu impor seu jogo pesado nos sets seguintes e se salvou no torneio. Na próxima rodada encontra ou o australiano Bernard Tomic ou o russo Igor Andreev. A partida entre os dois foi suspensa.

O argentino Juan Martin Del Potro tomou um susto no set inicial mas virou a partida contra o belga Oliver Rochus e forma um duelo interessante na 3ª rodada contra o francês Gilles Simon. O outro francês, Jo-Wilfried Tsonga, teve trabalho mas passou pelo búlgaro Grigor Dimitrov em três sets a um. E como é bom ver o chileno Fernando Gonzalez, voltando de contusão, vencer mais uma e alcançar a terceira rodada.Gonzalez bateu o sul africano Rik De Voest por triplo 6-4 e encontra Tsonga.

Infelizmente não deu para Ricardo Mello. A partida não foi transmitida porém pelo placar o brasileiro deu trabalho para Michael Llodra. Parciais de 6-2, 4-6,6-2 e 6-3. O Brasil dá adeus na chave de simples enquanto na chave de duplas Bruno Soares e Marcelo Melo tiveram sucesso na estreia. Passaram pela dupla espanhola formada por Albert Montanes e Guillermo Garcia-Lopez por 7-6(3) e 6-1. A outra dupla brasileira, André Sá e Franco Ferreiro, cairam para os argentinos Juan Ignacio Chela e Eduardo Schwank por 6-3 e 7-6(5).

Surpresa mesmo só na chave feminina. A atual campeã de Roland Garros, a chinesa Na Li, foi eliminada pela musa alemã Sabine Lisicki. Com apenas 22 anos e atual 62 do ranking,a musa surpreendeu ao virar a partida e vencer por 3-6, 6-4 e 8-6. E a foto no topo do post é dela. Serve para embelezar mais ainda o blog e apresentá-la para os leitores.

Amanhã é um dia com promessa de bons jogos. Andy Murray x Ivan Ljubicic pode se tornar num jogo dramático se o britânico não estiver confiante. Feliciano Lopez x Andy Roddick é outro jogo que pode ser muito interessante. Os dois se encontraram em Queen's Club e fizeram um baita jogo.

Bom feriado e final de semana a todos com muito tênis !

Na base da superação.

Feito inédito para Ricardo Mello hoje em Wimbledon. O campineiro conseguiu sua primeira vitória na grama de Londres de maneira épica. A partida não foi televisionada portanto fica difícil comentar qualquer análise.

"Foi a vitória da superação", como bem definiu o próprio Ricardinho. O brasileiro perdeu os dois primeiros sets por duplo 3/6, venceu o terceiro por 6/4, no quarto set estava perdendo de 2-5,salvou dois match points e fechou por 7/6(8-6). No quinto e decisivo, Mello dominou o canadense Frank Dancevic e selou a vitória com 6/2 em 3 horas e 8 minutos de partida.

Vitória espetacular ainda mais se tratando de um tenista com quase 31 anos e um exemplo de atleta. Como disse o jornalista Jose Nilton Dalcim: Será que ainda dá tempo de convencê-lo a ir ao Uruguai disputar a Copa Davis ?

Ricardinho merece esta vitória. Não tive ainda a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente mas sei que nos bastidores é um jogador muito querido pelo seus companheiros e ex-companheiros de circuito. O próximo adversário do brasileiro é o francês Michael Llodra, que adora a grama e é o cabeça de chave 19. Outra dureza. A partida ocorre na quinta feira ainda sem horário definido.

Pitacos do dia:

Roger Federer e Novak Djokovic tiveram estreias bem tranquilas. O primeiro teve que jogar um tiebreak no 1º set mas não passou apuros. O segundo passeou em quadra.

A partida do dia foi entre Radek Stepanek e Fernando Verdasco. O espanhol, assim como Mello, saiu de 2 sets a baixo e venceu no quinto set por 9/7.

Na reedição do jogo mais longo da história deu novamente vitória do americano John Isner. Desta vez em apenas 2h03m, Isner bateu o francês Nicolas Mahut em sets diretos.

Amanhã entram em quadra Rafael Nadal, Andy Murray, Juan Martin Del Potro, Andy Roddick e a dupla brasileira Bruno Soares/Marcelo Melo. Ricardo Mello também joga na chave de duplas ao lado do argentino Carlos Berlocq.

Despedida precoce na grama

Não esperava uma grande campanha de Thomaz Bellucci em Wimbledon. Mas também não esperava uma derrota logo na primeira rodada. Não consegui acompanhar o jogo na íntegra. Assisti aos dois sets iniciais e pelo que li não mudou muita coisa no terceiro e último set.

Com Bellucci jogando muito abaixo do seu potencial, o experiente alemão Rainer Schuettler, 35 anos, dominou completamente o brasileiro. Ex-top 5 e atual 113 do ranking, Schuettler entendeu muito bem o que deveria fazer para vencer o paulista e executou a tática com perfeição. Não ousou trocar pancadas no fundo de quadra, variou o jogo a todo momento com slices e bolas bem baixas no backhand de Bellucci que teve extrema dificuldade para devolvê-las comentendo sucessivos erros. No total, foram 36 erros não forçados de Thomaz contra 18 do alemão.

De positivo foi a atitude tomada por Thomaz Bellucci ao abandonar a chave de duplas mistas para descansar e focar na Copa Davis. Excelente decisão visto que a Davis será disputada no saibro e o time brasileiro precisa de Thomaz 100% para conseguir as vitórias. Bela atitude pois pensou no país e não no seu bolso.

Restou apenas Ricardo Mello na chave principal de simples. O campineiro estreia amanhã em torno das 10h30 contra o canadense Frank Dancevic.

Já os favoritos Rafael Nadal e Andy Murray estreiaram com belas vitórias. Nadal venceu por tranquilo 3 sets a 0 o americano Michael Russel, aquele que por muito pouco não eliminou Guga em Roland Garros 2001. O escocês/britânico Andy Murray levou um susto no primeiro set. Perdeu por 6-4 do espanhol Daniel Gimeno-Traver mas recuperou no set seguinte vencendo por 6-3 e aplicou uma bicicleta ( 6-0,6-0).

Curiosidade: a chuva que tanto atrapalhou a preparação dos tenistas voltou hoje e Wimbledon teve 31 jogos cancelados. O organizador deve estar com uma dor de cabeça daquelas.

Amanhã estreiam Roger Federer , Novak Djokovic e Andy Roddick.

A grama sagrada de Wimbledon

Segunda-feira começa o 3º Grand Slam da temporada, o mais tradicional e famoso torneio de tênis no mundo, Wimbledon. Disputado na grama sagrada de Londres, a competição não anima muito a nós brasileiros devido aos poucos resultados expressivos que nossos atletas conquistaram no país da Rainha. Com a excessão de Maria Esther Bueno ,campeã em 1959,1960 e 1964, os maiores sucessos foram com Gustavo Kuerten em 1999 quando alcançou as quartas de final, com o mineiro André Sá em 2002 também nas quartas e em 2007 a dupla formada por Marcelo Melo e, novamente, André Sá alcançou as semifinais.

No entanto, Wimbledon é o local onde nasceu o tênis. Por incrível que pareça, é o Slam preferido de Rafael Nadal. Novak Djokovic definiu como "o torneio mais importante", e para Federer nem é preciso dizer o tão especial é já que são seis títulos conquistados na grama.

O sorteio das chaves foi bem interessante. Diferente entre os outros Majors do ano, teremos jogos muito bons logo na primeira rodada. É o caso de Fernando Gonzalez, voltando de contusão, contra o ucraniano Alexandr Dolgopolov. Ivo Karlovic, osso duro de roer na grama, enfrenta o sérvio Janko Tipsarevic. Duelo pra lá de interessante para assistir será entre o espanhol Fernando Verdasco contra o tcheco saque-e-voleio Radek Stepanek. E a maior coincidência do torneio: o francês Nicolas Mahut contra o americano John Isner, um ano depois em que os dois se enfrentaram no mesmo local e fizeram o maior jogo da história do tênis.

Vamos analisar a chave dos brasileiros e a dos quatro mais favoritos:

Thomaz Bellucci não teve muita sorte em sua chave. A estreia do paulista é um pouco sem previsão. O brasileiro é favorito diante do experiente alemão Rainer Schuettler que é especialista em quadras rápidas. Caso passe, Bellucci pode encontrar o espanhol Feliciano Lopez que sempre costuma fazer bons resultados na grama. Em caso de terceira rodada, o cabeça-de-chave número 30 deve encarar Andy Roddick. O nº 1 do Brasil não terá vida fácil. Já Ricardo Mello joga a primeira rodada contra o canadense Frank Dancevic, atleta vindo do qualifier, o que nem sempre significa partida fácil. Se avançar, terá pela frente o francês Michael Llodra ou o britânico James Ward.

Os tops:

Rafael Nadal estreia contra o americano Michael Russel. Não deve ter muito trabalho na segunda rodada e logo na terceira poder ter um adversário duríssimo: Milos Raonic. A jovem revelação canadense tem tudo para aprontar na grama com seu saque potente. Se Nadal passar, pode encontrar Tomas Berdych nas quartas e Andy Murray na semi.

Novak Djokovic contou com a sorte no sorteio. Estreia contra o francês Jeremy Chardy e pode encontrar o sul africano Kevin Anderson em seguida. Robin Soderling também pode ser um adversário de respeito nas quartas mas o sueco pouco fez na grama. Por fim, o sérvio tem tudo para reencontrar Roger Federer na semifinal.

Roger Federer tem pela frente na primeira rodada o casaque Mikhail Kukushkin. Estreia tranquila para o Rei da Grama. Na segunda rodada encara ou um jogador vindo do qualify ou o francês Adrian Marinno. Pela frente pode encontrar David Nalbandian, Jo- Wilfried Tsonga ou David Ferrer porém é difícil imaginar algum destes eliminando Federer na grama.

Andy Murray traz o pesado fardo de tentar ser o primeiro britânico a vencer Wimbledon desde Fred Perry em 1936. O natural da Escócia vem do título em Queen's e se demonstra confiante. Estreia contra o espanhol Daniel Gimeno-Traver. Nos demais jogos, vida relativamente tranquila para Murray que pode encarar Marin Cilic ou Ivan Ljubicic e depois Stanislas Wawrinka. A partida que preocupa o número 4 do mundo pode acontecer nas quartas de final quando pode encontrar o americano Andy Roddick.

Minha aposta é em Roger Federer e Andy Murray. O hexacampeão de Wimbledon recuperou seu tênis e a confiança em Roland Garros. Na grama se sente em casa e quer muito igualar o feito de Pete Sampras com sete títulos no Major londrino. Já o escocês/britânico Andy Murray tem muito potencial para encarar qualquer um no piso rápido de Wimbledon. Apesar da enorme pressão em suas costas, Murray vem do bicampeonato em Queen's e confiante para fazer história. E vocês, quais são suas apostas ?

3º Simoni Tennis

Neste final de semana tive o prazer de participar mais uma vez de um dos eventos mais legais do tênis amador, o 3º Simoni Tennis.

Organizado pelo ex-tenista top 100 Alexandre Simoni, o torneio é realizado no belo Broa Golf Resort. O local é muito bem cuidado, bonito e pra lá de aconchegante. As quadras de tênis, reformadas, estão impecáveis e a vista que se tem delas é maravilhosa.

O principal objetivo do torneio é jogar tênis. No sábado, acontece a disputa da chave de simples. Cada participante joga pelo menos duas partidas, o que torna o clima de disputa mais ameno e divertido. No domingo é realizado o torneio de duplas. O sorteio entre as duplas é feito na hora e , explicando de um modo grosseiro, é disputado em sistema de "pontos corridos". Todos se enfretam e a dupla que tiver maior número de vitórias é a campeã. No caso de empate, o primeiro critério é o saldo de games. Visto isto, fica claro que o grande objetivo do nosso amigo/coach Alexandre Simoni é botar a galera pra jogar o máximo possível.

O torneio não se resume apenas ao tênis. Consiste também em fazer amigos, dar boas risadas, ouvir histórias do circuito profissional contadas pelo Simão e , não podia faltar, uma rivalidade sadia entre os torcedores de cada time de futebol. No sábado a noite, há também um coquetel de comes & bebes , entrega dos troféus além de sorteio de prêmios.

Independente de resultados, é impossível não sair contente com este final de semana tenístico. O local por si só já agrada, juntando as companhias fica praticamente perfeito. Alexandre Simoni dá um show em organização e atenção a todos. E um outro diferencial no torneio, é a presença da fisioterapeuta Paula Simoni, esposa de Alexandre, que cuida de todos os contudidos. E olha que são muitos !

Não tem como dar os parabéns ao meu amigo e professor Alexandre Simoni. Sim, podem dizer que estou puxando o saco, isso ou aquilo, mas não tem como admitir o tão divertido é participar do campeonato. Vale muito a pena !

Parabéns Alê, parabéns Paula ,vocês são foda ! Melhor que este, só o 4º Simoni Tennis no ano que vem !!

E um abraço especial a todos os participantes !

Se você se interessou pelo torneio e tem alguma dúvida ou sugestão, é só entrar em contato com o Simoni pelo twitter dele.

Surpresa no time para Copa Davis

Thomaz Bellucci, Bruno Soares, João "Feijão" Souza e Rogério Dutra da Silva. São estes os convocados pelo capitão João Zwetsch para representar o Brasil no duelo contra o Uruguai na Copa Davis lá em Montevidéu. Completam também o time os jovens Guilherme Clezar e Bruno Sant'Anna.

Escolha muito ousada do capitão brasileiro e , a meu ver, arriscada. Zwetsch deixou de fora Marcelo Melo, especialista em duplas e parceiro de Bruno Soares. Nosso segundo melhor jogador em simples, Ricardo Mello, preferiu disputar o World Team Tennis nos Estados Unidos, obviamente pela maior quantidade de grana. Com estes dois jogadores de fora, o Brasil tem em seu time titular apenas um especialista em dupla e outros três em simples, sendo que Feijão e Rogerinho serão estreiantes.

Segundo Zwestch, a intenção é Feijão formar dupla com Soares ou dependendo da ocasião, Bellucci formar a dupla. Em minha opinião, é arriscado deixar Marcelo Melo de fora. Ao lado de Bruno, os mineiros formam uma das melhores duplas do circuito e praticamente garantiriam o ponto brasileiro no sábado. Levando-se em conta a vitória de Bellucci na sexta, o Brasil chegaria no último dia de disputa dependendo apenas de um ponto, provavelmente do número 1 brasileiro novamente.

Apesar das ausências, o que me deixa um pouco apreensivo é a estreia de Feijão e Rogerinho. Os dois ainda não conseguiram se confirmar no circuito e jogar em Montevideu não é uma missão fácil. Pablo Cuevas é o único perigo. Número 52 do mundo, o uruguaio venceu Bellucci no último confronto disputado entre os dois em Estoril. Pablo costuma enrolar seus jogos e dificilmente perderá de Feijão ou Rogerinho. O time do Uruguai é completado por Martin Cuevas, 647 do ranking e Marcel Felder, 493.

O Brasil é extremamente favorito. É até complicado imaginar uma derrota para o Uruguai, porém é bom ficar de olhos abertos para Pablo Cuevas. A zebra tem aparecido com relativa frequência nos jogos do Brasil na Copa Davis. Até por isso que gostaria de ver Melo/ Soares pra evitar qualquer surpresa na dupla.

O confronto ocorre entre os dias 8 e 10 de Julho no saibro. No geral, o placar está 8 a 1 pro Brasil.

Guga Eterno Campeão

Há exatos 10 anos Gustavo Kuerten se sagrava Tri Campeão de Roland Garros. Feito único no Brasil e para poucos tenistas do mundo. Ali não era só a confirmação de um dos maiores tenistas da história do nosso país mas também o surgimento de uma lenda.

É complicado escrever sobre Guga e manter a imparcialidade ou conter a emoção. Lembro-me muito bem de sua despedida na Costa do Sauípe. Chorei sem vergonha alguma. Era inevitável, impossível. Um dos meus maiores ídolos, o maior jogador da América Latina, encerrando sua carreira não porque ele queria, mas porque ele não conseguia mais.

O "Picasso do Tênis" como definiu o russo Kafelnikov em 2001. Guga não batia na bola com seu backhand, ele esculpia uma jogada tamanha categoria e maestria. Depois dele, nunca vi uma esquerda tão eficiente igual ao do brasileiro.

Guga está em outro padrão de atletas. Está entre os 5 maiores esportistas do Brasil. Nunca tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente mas não preciso saber muito o tão simpático que é o nosso número 1. Suas entrevistas são sempre especiais e refletem isso. Sabe-se lá quando o Brasil terá outro tenista deste nível, se é que vai ter. Ano passado, na partida de exibição contra Andre Agassi, só foi começar a mostrar o vídeo de homenagem a Guga que comecei a chorar de novo. É impossível ser imparcial quando se refere ao maior ídolo.

Guga é único ! Obrigado por toda a felicidade que você já nos proporcionou !

#GugaEternoCampeão

Abaixo deixo o vídeo do final do jogo do Tri contra o espanhol Alex Corretja. Vale a pena ver !

Dia do Tenista e pitacos da semana.

Após alguns dias de "folga" do blog porém intenso na faculdade volto a postar exatamente no Dia do Tenista. Confesso que não sabia que era hoje o nosso dia. Seja você tenista profissional, amador ou só jogador de final de semana, comemore seu dia indo a alguma quadra jogar se a chuva permitir , o que não foi o meu caso.

Esta semana começou a curta temporada de grama. Torneios em Halle , na Alemanha, e em Londres no tradicional Queen's Club. As duas competições que servem de preparação para o próximo Grand Slam do ano, Wimbledon.

Em Queen's, Rafael Nadal é o principal favorito e hoje venceu o galã de Praga, Radek Stepanek em três sets. Nadal teve match points no segundo set mas sofreu a virada de Stepanek que fechou em 7x5. Na set decisivo, o espanhol não vacilou e ganhou com tranquilidade, 6x1, e se garantiu nas quartas de final. Rafa encontra o francês Tsonga por uma vaga na semifinal.

O segundo favorito para o torneio é o britânico Andy Murray. O número 4 do mundo teve dificuldades mas venceu nas quartas o sérvio Janko Tpisarevic por 6-4 e 7-6(3) e enfrenta o algoz do brasileiro Thomaz Bellucci, o croata Marin Cilic. Por falar em Bellucci, achei satisfatória a campanha do paulista na grama. De longe, é o piso em que os brasileiros e todos sul-americanos não costumam ir bem. Bellucci alcançou as quartas e teve chances contra o croata. Perdeu o 1º set em 6-7, ganhou o segundo de 0-6 perdeu na parcial decisiva por 6-3. O jogo de Cilic é pesado e seu saque é muito poderoso.

As outras duas quartas de final é formada pelo americano Andy Roddick contra o espanhol Fernando Verdasco e pela zebra do torneio, o francês Adrian Marinno que bateu o argentino Juan Martin Del Potro. O francês espera o vencedor entre o norte americano Sam Querrey e o britânico James Ward.

Já na Alemanha, com a desistência de Roger Federer ,o cabeça de chave número 1 é o tcheco Tomas Berdych que enfreta nas quartas de final o sérvio Viktor Troicki. O jovem canadense Milos Raonic volta a fazer boa campanha depois de sua apagada atuação no saibro. Milos enfrenta o alemão Philip Petzschener .

Do outro lado da chave, está o atual campeão Lleyton Hewitt contra outro tenista da casa, Phillip Kohlschreiber. O vencedor encara ou o francês Gael Monfils ou Florian Mayer, mais um alemão.

Dia do Tenista porém a semana não é contagiante. Longe disso. O melhor programa para os amantes do tênis nesta semana vai ao ar no sábado, na ESPN. No programa Juca Entrevista, o convidado será ninguém menos que Gustavo Kuerten. Dois gênios sentado a uma mesa conversando sobre o esporte. Começa às 21h. Imperdível !

Soberano no saibro

Não me impressionam mais os feitos de Rafael Nadal no tênis. Não me impressiona em quantas vezes ele vai chegar numa bola que todos considerariam impossível. Não me impressiona sua soberania no saibro. Não impressiona os pouquíssimos erros não forçados que ele comete na terra batida. O que me impressiona é a vontade de ganhar do espanhol. O foco que ele mantém desde o 1º ponto do campeonato até o match point. Sua força mental que destroi qualquer jogador do outro lado da quadra, inclusive o maior da história.

A gana, a vontade, a fome de vitórias é que deixa a todos surpresos, espantados. 10 títulos de Grand Slam. 6 em Roland Garros, dois em Wimbledon, um US Open e Australia Open. Todavia nunca é o suficiente para o número 1 do mundo. Após se tornar o maior tenista do saibro da história, já fica previsível que ,apenas com 25 anos, ele ainda conquistará mais títulos em Paris.

Não há diferença para Nadal se o placar marca 5x0 para o adversário ou se é a favor dele. É tudo a mesma coisa. Se pergutarem para o espanhol qual foi o ponto chave da partida, ele deve responder que foram todos. Na quadra, Nadal não faz distinção entre os pontos ou games jogados. Todos têm o mesmo valor, todos dão a vitória. Certa vez, questionado sobre sua força mental ele deu uma resposta que muito me marcou. A frase era "Apenas acho que posso vencer sempre".

Aliado a força física, técnica e principalmente mental, Rafa quase não dá oportunidades ao seus rivais e se tem uma pequena chance de virar o jogo, ele aproveita e atropela o adversário. Foi o que aconteceu na final de hoje. Federer começou voando, não deixando o espanhol jogar, abriu 5x2 com o tênis que o consagrou como o maior de todos. Porém, uma pequena vacilada colocou o Toro de volta a partida e rumo ao sexto título.

O número 1 do mundo não permite oscilações contra ele. Caso oscile, game,set & match Rafael Nadal. Mais do que merecido o 6º título de Rafa em Roland Garros igualando ao sueco Bjorn Borg. E alguém acredita que ele pára por aqui ?

Em uma rápida visão geral no torneio, Federer recuperou seu tênis que há tempos não jogava. Embora tenha tido muitos altos e baixos hoje, o suíço demonstrou que pode ainda aprontar para os dois melhores tenistas da atualidade. Nadal assegurou o posto mais alto do ranking até o final de Wimbledon, onde Djokovic mais uma vez só dependerá de si mesmo para alcançar o número 1 do mundo.

A Final Perfeita

"Estamos falando de Roger Federer, o maior tenista da história. Se ele estiver no seu dia, não há Djokovic que o faça parar."

É com esta frase escrita no post anterior que eu poderia deixar de fazer qualquer comentário sobre a partida de ontem. Ontem vimos uma aula de tênis. Um espetáculo. Um show. Os dois tenistas tem a característica de jogo que particularmente mais me agrada. Extremamente agressivos, a partida começou numa intensidade absurda. Até o próprio Federer revelou isso na entrevista coletiva. Disse que a velocidade do primeiro set foi surpreendente e com isso os dois tenistas se cansaram para o set seguinte. Federer não é deste planeta. Em certos pontos ou em quase toda a partida, eu só me orgulhava de ter a oportunidade de assistir a uma partida como estas e , também, ver o maior vencedor de Slams da história fazendo mágica.

O tenista suíço fez uma de suas melhores atuações no saibro e lembrou seus melhores momentos de carreira. E ainda mostrou a todos a "decadência" que está vivendo. É claro que não é o mesmo jogador extremamente regular de anos atrás mas está longe de ser um jogador decadente. Pelo outro lado da quadra, Novak Djokovic jogou muito bem. Tentou de tudo mas novamente vem a frase que citei no início deste post. Não tinha o que fazer. Federer fechou todas as portas e no momento chave elevou seu tênis num altíssimo nível. O sérvio sofreu a primeira derrota do ano e termina a invencibilidade impressionante de 43 jogos.

Rafael Nadal apresentou mais uma vez seu tênis consistente e muito sólido contra o escocês Andy Murray. Apesar de ter vencido em sets diretos, a partida foi bem disputada e com Nadal demonstrando ainda problemas em seu saque. Cedeu 18 break points a Murray mas o número 4 só converteu 3. Nos pontos importantes, Rafa jogou muito e mostrou o porquê de estar em perto de alcançar seu sexto título em Paris e igualar o sueco Bjorn Borg.

Uma das maiores rivalidades do tênis em quadra e dois grandes amigos e exemplos fora dela. Rafa Nadal confirmando sua soberania em Paris e Federer, que chegou desacreditado, tem demonstrado porque é considerado o maior tenista da história. O suíço busca a primeira vitória contra o espanhol no Major francês. O favoritismo é de Nadal mas não se pode duvidar nenhum pouco do Leão da Montanha. É a final perfeita para os amantes do esporte.

Em tempo: se Federer for campeão, Djokovic será o novo número 1 e o suíço voltará a brigar pelo posto mais do ranking em Wimbledon, no seu piso favorito, a grama.

Segunda semifinal definida.

Rafael Nadal x Andy Murray. A segunda semifinal está definida e os 4 melhores jogadores do mundo estão na briga por uma vaga na final e pelo título, claro. Fato que não ocorria em Roland Garros desde 2006 quando os quatro melhores do mundo naquela ocasião eram Federer, Nadal, Nalbandian e Ljubicic.

O número 1 do mundo voltou a fazer o que estava habituado nas quadras em Paris: atropelar seus adversários. Nadal não tomou conhecimento de Soderling e passou por cima não só do sueco mas também de sua falta de confiança. Em uma sequência de vitórias não convincentes, Rafa enfim venceu e convenceu. Cometeu apenas 13 erros não forçados. Repito: TREZE. Encaixou 77% dos primeiros serviços em quadra e ganhou 71% dos pontos em que teve que jogar com o segundo saque. O Toro Miúra mostrou para todos que está de volta !

A respeito de Robin Soderling, o único homem a vencer Nadal em R.Garros, me impressiona como o sueco só tem apenas uma tática: bolas retas no fundo pra todo lado ou ,no português claro, pancadaria pra todo lado. Soderling cometeu 41 erros não forçados e isto contra o espanhol no saibro é fatal. O sueco precisa ter outra saída pois não é todo dia que as bolas vão entrar e quando se joga contra os melhores do mundo isto custa muito caro.

Já o britânico Andy Murray realiza sua melhor campanha no saibro parisiense. Dentre os 4 semifinalistas, é o único que está pela primeira vez. Murray não teve muito trabalho para superar o argentino Juan Ignacio Chela e mostrou seu lado mais agressivo com 49 winners. Porém não o vejo batendo Nadal em 5 sets. O britânico pode enrolar o espanhol muito bem como fez em Monte Carlo mas é muito difícil crer em uma vitória de Murray. Palpite? Vou de Nadal em 4 sets.

Amanhã ocorre as semifinais femininas entre:

Maria Sharapova (RUS) x Na Li (CHN) e Marion Bartolin (FRA) x Francesca Schiavone (ITA). É válido lembrar que Sharapova está na luta pelo Career Slam. Só falta Roland Garros. Palpite para final é de Na Li contra Francesca Schiavone, a atual campeã.

As semifinais masculinas só acontecem na sexta feira.

Thomaz Bellucci: hoje o brasileiro foi eliminado na semifinal da chave de duplas mistas. Bellucci jogou ao lado da maravilhosa australiana Jarmilla Gadjosova. Os dois perderam no match tiebreak por 14-12 para dupla formada entre o americano Scott Lipsky e a australiana Casey Dellacqua. Uma pena.

Dica musical do dia: Pearl Jam - Black. Vale a pena conferir !!