Os dois jogadores tensos e se respeitando muito. Foi assim que começou a melhor partida do ano. Alguns erros não forçados para ambos os lados e Rafael Nadal abre dois games a zero. Confiante, o espanhol mostra para o adversário que o desfecho da partida pode ser diferente dos últimos cinco combates.
Porém, Novak Djokovic sabe e muito bem o caminho da vitóra. Afinal, são apenas duas derrotas no ano. Tanto sabe que ganha 6 games seguidos e fecha o primeiro set disparando 11 bolas vencedoras. O imortal espanhol não baixa a guarda e novamente abre a vantagem de dois games na frente mas o sérvio logo segura o ímpeto do número 2 do mundo, e responde a altura o porquê de ser o atual número 1. Disparando winners para todos os lados, Nole vence o 2º set e fica muito perto do 3º título de Slam do ano.
Começa o terceiro set e os dois atletas decidem inventar um novo esporte. A principal regra era: só vale pontos espetaculares. É isso mesmo, um ponto mais brilhante que o outro. Se existe alguém que possa ser classificado como imortal, este alguém é Rafael Nadal. O espanhol apanha, cai e ainda tem um poder de reação nunca visto antes. Djokovic chegou a sacar para o jogo só que para ganhar de Nadal é preciso muito mais que apenas uma chance. Como ficou comprovado hoje, um tiro não é o suficiente para derrubar o Toro Miúra. O jogo já passava de 3 horas de duração quando o espanhol vence o tiebreak e força o quarto set.
Espetacular, impressionante e inacreditável.
O quarto set começa com os dois já demonstrando muito cansaço. Afinal, quatro horas de um nível nunca visto antes. Com muito esforço, Djokovic consegue manter seu serviço. Por outro lado, Nadal volta a ter dificuldades com o saque e permite a quebra que simbolizou o final do jogo. O sérvio aproveita e embala. Abre 5/1 e tem mais uma chance de derrubar o espanhol. Desta vez, não titubeia e com seu principal golpe, o forehand, fecha a partida.
E S P E T A C U L A R !
Três Grand Slams e apenas duas derrotas no ano. Uma das melhores temporadas que um tenista já fez em toda a história do tênis. Se Nole não tivesse perdido para Federer em Roland Garros, muito provavelmente o sérvio ganharia os 4 Slams no ano. Falta adjetivos para qualificar a temporada do número 1 do mundo.
E sobre Rafa Nadal: não é fácil perder 6 vezes para o mesmo jogador mas hoje ele demonstrou uma força de vontade absurda. Se fosse qualquer outro jogador no lugar dele, o placar seria algo do tipo 6/3, 6/2 e 6/3 para o sérvio.
Djokovic disparou 55 winners contra 32 de Nadal. No total de pontos, Nole venceu 146 e Rafa,122.
Só tenho uma coisa a dizer para estes dois jogadores: OBRIGADO !
Somente verdadeiros amantes de tênis para ficar mais de quatro horas frente à TV assistindo a esse jogaço. Eu fiquei e estou sem palavras para descrever o jogo. Simplesmente incrível! Realmente, temos que agradecer aos dois, Nadal e Nole, por mais um jogão!
ResponderExcluirAbraço
Comentaí: http://grandwillytenis.blogspot.com/2011/09/apos-mais-de-4h-djokovic-vence-nadal-e.html
E eu te mandei umas novas DMs, não sei se viu.
Um jogo que vai ficar guardado na história!!! Djokovic mereceu ganhar e ganho. E eu confesso que começei torcendo para o Nole, mas na metade do terceiro set mudei minha torcida e passei a torcer para o Nadal!!! Incrível como ele apanha, apanha e não desiste...Não tinha como torcer contra ele diante dessa demostração de dedicação!!! Teve uma hora no transmissão que o microfone capta ele, Nadal, falando com ele mesmo em voz alta..."Ai que luchar"...Qdo ouvi isso fiquei pensando esse cara não existe...Está levando uma coça em plena final do US Open e ta ai com um olhar de luta e não se entregando!!! Graças ao Nadal um dos melhores jogos que vi porque se fosse qualquer outro mortal no lugar dele, esse jogo tinha acabado em fáceis três sets....Valeu Marcelinho Belo post cara....Tamo ai junto sempre
ResponderExcluirMano, belo post. Você escreve bem pra caralho. Fiquei até com vontade de voltar a jogar (e assistir) tênis depois de começar a conversar contigo. Você está perdendo tempo no mundo da publicidade, meu caro. Muda pra jornalismo!
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