"Não é uma tragédia", disse Rafael Nadal na coletiva após a partida.
Não é uma tragédia, mas é a zebra do ano. Não são todos os dias que você ve um tenista top 10 perder para o 100º do ranking.
Se fosse Bellucci no lugar do espanhol, a derrota já iria repercutir com certa intensidade aqui no Brasil. Agora, imagine o número 2 do mundo, um dos maiores tenistas da história, a perder na segunda rodada de um Grand Slam e para um tenista top 100.
É raro. Porém, é o esporte. A grama é traiçoeira.
Lukas Rosol distribuiu pancadas por todos os cantos da quadra. Não deixou Nadal pensar. O espanhol não conseguiu ficar à vontade. Agressivo o tempo inteiro, o tcheco ganhou 83% dos pontos disputados com o primeiro saque, executou 22 aces e 65 pontos vencedores. No game final, Rosol fez três aces e um winner. Perfeito.
O espanhol alegou cansaço físico. Não tirou os méritos do adversário e também reconheceu que esteve longe do seu melhor nível, mas reforçou que precisa descansar. Faz sentido e totalmente compreesível após uma gira vitoriosa no saibro.
Já na primeira rodada de Wimbledon, Nadal oscilou mais do que o costume contra Bellucci. Naquela partida, deixou claro que não estava 100% à vontade na grama. Na eliminação, sofreu com os saques do tcheco e não encontrou o time das devoluções. Um problema cruel quando se joga em um piso rápido.
Pelo lado positivo, Nadal tem tempo suficiente para se preparar para os jogos Olímpicos de Londres.
E o tcheco? Não me espantaria se ele for derrotado no próximo jogo contra o alemão Kohlschreiber.
Mudanças no Ranking:
Com a derrota na segunda rodada, Rafael Nadal irá perder o número 2 do ranking para Roger Federer. É bom lembrar que basta o suíço ser campeão para se tornar o novo número 1 do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário