Hoje, foi um daqueles dias em que tudo volta a ter sentido. Em que dou graças a Deus por respirar esporte no meu dia a dia e, em especial, o tênis. Duas partidas espetaculares. Quatro jogadores em um nível de tênis absurdo, e dois gênios.
Eu sofri. Eu me segurei para não gritar. Me peguei roendo as unhas. E agradeci por presenciar este momento mágico que somente os Grand Slams nos proporciona.
Roger Federer sofreu, xingou,lutou e venceu. Parecia um atleta que ainda busca a consagração tamanha entrega a uma partida. Dois sets abaixo contra um adversário de altíssimo nível, o argetino Juan Martin Del Potro. Federer parecia sem saída. No entanto, os gênios sempre conseguem encontrar uma solução. Na batalha de hoje, o suíço demonstrou que não é apenas diferenciado taticamente. Aos 30 anos, Federer apresentou um preparo físico de um jovem atleta. Afirmou após a vitória que quanto mais a partida se estendia, melhor para ele. E foi. Del Potro, de 23 anos, não aguentou manter o ritmo dos sets iniciais e cedeu. Ao deixar o Leão da Montanha encontrar o seu melhor nível, nada pode fazer.
Alguns comentam que, como Federer e Djokovic sofreram nas partidas anteriores, não conseguirão fazer frentes à Nadal. Eu não concordo. Uma vitória como a dos dois tenistas de hoje só eleva a confiança de ambos. É comum encontrar declarações de atletas dizendo o tão bom que é ganhar jogando mal. Apesar de que Federer e Djokovic não jogaram mal. Enfrentaram tenistas de respeito e, quando mais foi preciso, elevaram seu nível de tênis a um grau absurdo. E saíram com a classificação para a semifinal.
Só tenho que agradecer aos inventores deste esporte por me proporcionarem momentos como desta terça-feira mágica.
Ontem foi difícil escolher a qual jogo assistir. Delpo é queridinho desde a final do US Open que ele ganhou contra o Federer, mas Federer é queridinho desde que conheci o tênis, então foi fácil vê-lo ganhar. Ver o Tsonga perder doeu. Doeu porque o Djoko nunca despertou simpatia. Apesar do nível do tênis que joga, aquele semblante frio e impaciente com os seus erros humanos sempre me distanciaram dele. Doeu porque o Tsonga despertou aquela excitação que os imprevistos do tênis proporcionam raras vezes.
ResponderExcluir