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terça-feira, 5 de junho de 2012

Dois jogos, Quatro atletas, Dois gênios

Tem dias que me pego pensando como posso amar tanto determinado esporte. Ou até mesmo quando me pego sofrendo em uma partida na qual eu não estou torcendo para nenhum jogador.No entanto, há dias que em tudo faz sentido. 


Hoje, foi um daqueles dias em que tudo volta a ter sentido. Em que dou graças a Deus por respirar esporte no meu dia a dia e, em especial, o tênis. Duas partidas espetaculares. Quatro jogadores em um nível de tênis absurdo, e dois gênios.


Eu sofri. Eu me segurei para não gritar. Me peguei roendo as unhas. E agradeci por presenciar este momento mágico que somente os Grand Slams nos proporciona.


Roger Federer sofreu, xingou,lutou e venceu. Parecia um atleta que ainda busca a consagração tamanha entrega a uma partida. Dois sets abaixo contra um adversário de altíssimo nível, o argetino Juan Martin Del Potro. Federer parecia sem saída. No entanto, os gênios sempre conseguem encontrar uma solução. Na batalha de hoje, o suíço demonstrou que não é apenas diferenciado taticamente. Aos 30 anos, Federer apresentou um preparo físico de um jovem atleta. Afirmou após a vitória que quanto mais a partida se estendia, melhor para ele. E foi. Del Potro, de 23 anos, não aguentou manter o ritmo dos sets iniciais e cedeu. Ao deixar o Leão da Montanha encontrar o seu melhor nível, nada pode fazer. 


Já o que aconteceu na quadra central, Philippe Chatrier, é impossível de se transmitir em palavras. Jo Wilfried Tsonga apresentou seu melhor nível durante maior parte da partida. Teve cinco match points. Mas esbarrou no outro gênio, Novak Djokovic. O sérvio foi além dos limites. Nos pontos mais complicados, foi extremamente corajoso e agressivo. Virou uma partida que, para muitos, estava perdida. Porém, é o número 1 do mundo. É o homem a ser batido. E não serão 5 match points que vão derrotar Novak Djokovic. O sérvio voltou. E vai ser difícil pará-lo.


Alguns comentam que, como Federer e Djokovic sofreram nas partidas anteriores, não conseguirão fazer frentes à Nadal. Eu não concordo. Uma vitória como a dos dois tenistas de hoje só eleva a confiança de ambos. É comum encontrar declarações de atletas dizendo o tão bom que é ganhar jogando mal. Apesar de que Federer e Djokovic não jogaram mal. Enfrentaram tenistas de respeito e, quando mais foi preciso, elevaram seu nível de tênis a um grau absurdo. E saíram com a classificação para a semifinal.


Só tenho que agradecer aos inventores deste esporte por me proporcionarem momentos como desta terça-feira mágica.

Um comentário:

  1. Ontem foi difícil escolher a qual jogo assistir. Delpo é queridinho desde a final do US Open que ele ganhou contra o Federer, mas Federer é queridinho desde que conheci o tênis, então foi fácil vê-lo ganhar. Ver o Tsonga perder doeu. Doeu porque o Djoko nunca despertou simpatia. Apesar do nível do tênis que joga, aquele semblante frio e impaciente com os seus erros humanos sempre me distanciaram dele. Doeu porque o Tsonga despertou aquela excitação que os imprevistos do tênis proporcionam raras vezes.

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