Bellucci pouco incomodou o 7º do mundo

De certo modo, a atuação de Thomaz Bellucci não foi como todos esperávamos. É bom lembrar que o brasileiro não era o favorito. Longe disso. Mas poderia muito bem ter "vendido" a derrota mais caro até porque o Berdych não é nenhum monstro de sete cabeças.

O jogo foi bem equilibrado até o brasileiro sacar em 3/4. Neste game, cometeu três erros não forçados em seu backhand e fez uma dupla falta. A partir deste momento, o tcheco dominou completamente a partida e não deu chances ao paulista de Tietê.

"O brasileiro precisará variar bem seu jogo. Se for trocar pancadas, o tcheco levará vantagem". Foi o que eu escrevi no post de ontem e aconteceu exatamente o contrário. Todos sabemos que Bellucci não costuma variar muito seu jogo mas tem partidas ( e principalmente contra os top 10) que é preciso mudar seu estilo de jogo conforme pede o adversário. Berdych adora trocar pancadas retas do fundo de quadra e é muito mais consistente que o brasileiro. Pouco-se viu Bellucci usar mais o slice para abaixar a bola e fazer com que o grandalhão ( 1m,96) abaixasse e trocasse a potência de seu golpe por mais efeito. Esta era um alternativa que acreditei que Thomaz utilizaria bastante mas não foi o que ocorreu.

Outro fator a ser levado em consideração, é o pouco que Bellucci consegue incomodar os adversários com seus retornes de saques. Ganhou apenas três pontos em cima do 1º saque de Tomas Berdych e apenas sete pontos no segundo saque do tcheco. Com uma devolução pouco eficiente, demonstra que Bellucci, ainda , não está preparado para ser um top 20.

Como disse o Alexandre Cossenza, do blog Saque e Voleio: "Hoje em dia, 29º do mundo, Bellucci apenas cumpriu sua obrigação ao alcançar a terceira rodada na Califórnia". Mesmo assim, ficou a sensação de que dava pra incomodar um pouco mais.