"Não é uma tragédia", disse Rafael Nadal na coletiva após a partida.
Não é uma tragédia, mas é a zebra do ano. Não são todos os dias que você ve um tenista top 10 perder para o 100º do ranking.
Se fosse Bellucci no lugar do espanhol, a derrota já iria repercutir com certa intensidade aqui no Brasil. Agora, imagine o número 2 do mundo, um dos maiores tenistas da história, a perder na segunda rodada de um Grand Slam e para um tenista top 100.
É raro. Porém, é o esporte. A grama é traiçoeira.
Lukas Rosol distribuiu pancadas por todos os cantos da quadra. Não deixou Nadal pensar. O espanhol não conseguiu ficar à vontade. Agressivo o tempo inteiro, o tcheco ganhou 83% dos pontos disputados com o primeiro saque, executou 22 aces e 65 pontos vencedores. No game final, Rosol fez três aces e um winner. Perfeito.
O espanhol alegou cansaço físico. Não tirou os méritos do adversário e também reconheceu que esteve longe do seu melhor nível, mas reforçou que precisa descansar. Faz sentido e totalmente compreesível após uma gira vitoriosa no saibro.
Já na primeira rodada de Wimbledon, Nadal oscilou mais do que o costume contra Bellucci. Naquela partida, deixou claro que não estava 100% à vontade na grama. Na eliminação, sofreu com os saques do tcheco e não encontrou o time das devoluções. Um problema cruel quando se joga em um piso rápido.
Pelo lado positivo, Nadal tem tempo suficiente para se preparar para os jogos Olímpicos de Londres.
E o tcheco? Não me espantaria se ele for derrotado no próximo jogo contra o alemão Kohlschreiber.
Mudanças no Ranking:
Com a derrota na segunda rodada, Rafael Nadal irá perder o número 2 do ranking para Roger Federer. É bom lembrar que basta o suíço ser campeão para se tornar o novo número 1 do mundo.
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quinta-feira, 28 de junho de 2012
A Surpresa do Ano
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segunda-feira, 25 de junho de 2012
Wimbledon começou!
Infelizmente, a temporada de grama é curtíssima. Alguns ATPs 250 e o Grand Slam. Sem contar o fato que começa duas semanas após o fim de Roland Garros. É neste tempo que a ATP deveria repensar no calendário. Os Slams terminam no começo de Setembro. E até o ATP Finals fica aquela sensação de que a temporada já terminou.
Logo após este breve desabafo do blogueiro, vamos comentar sobre o primeiro dia na grama sagrada.
O número 1 do mundo e atual campeão, Novak Djokovic, não teve muito que suar para vencer o espanhol Juan Carlos Ferreiro. Para se manter no posto mais alto do ranking, Nole precisa chegar à final. Na próxima rodada, ele enfrenta o americano Ryan Harrison.
Em seu habitat natural, Roger Federer treinou na Quadra 1. Com um triplo 6x1, o dono de seis títulos na grama atropelou o espanhol Albert Ramos. O suíço tem uma chance real de voltar ao número 1 do mundo. Para isto, Federer precisa ser campeão. E como está no lado da chave de Novak Djokovic, teria um confronto direto com o sérvio na semifinal. É válido ressaltar que, do top 4, a chave de Federer é mais fácil. Se levarmos em conta o histórico do Leão da Montanha na grama, as chances do dono de 16 Slams levantar o sétimo troféu na grama sagrada são muito boas. Na segunda rodada, Federer enfrenta o italiano Fabio Fognini.
O primeiro dia de Wimbledon também trouxe boas surpresas.
Quem iria imaginar que o colombiano Alejandro Falla ganharia de John Isner,cabeça de chave nº 11, na grama? Pois é, vitória maiúscula do tenista sul americano. Jogar contra o gigante americano nunca é fácil devido a potência do seu saque. Na grama, pior ainda. Mas fiquei muito feliz por este resultado do Falla. É importante para o tênis sul americano. Parciais de: 6/4, 6/7(7), 3/6, 7/6(7) e 7/5.
Outra zebra foi a vitória do letão Ernest Gulbis em cima do cabeça de chave número 6, o tcheco Tomas Berdych. O tenista nº 87 já foi top 21 e já quase venceu Rafael Nadal no saibro. Na época, Gulbis era cotado para ser um tenista top 15. No entanto, os rumores de que o tenista é apaixonado pela vida noturna são fortes. Tanto que na coletiva após a partida, o letão assumiu que não embala por ter preguiça de treinar. Desde então, despencou no ranking e não conseguia nenhuma vitória significativa até o triplo 7/6 em cima de Berdych.
Brasileiros:
Marcelo Melo junto com o croata Ivan Dodig estreiaram com vitória. De virada, venceram a dupla austríaca Ashley Fisher/Jordan Kerr.
Thomaz Bellucci também estreiou hoje na chave de duplas, mas com derrota. Ao do lado do australiano Carsten Ball, a dupla for derrotada pela parceria formada entre o italiano Daniele Bracciali e o austríaco Julian Knowle em três sets.
Amanhã temos Thomaz Bellucci x Rafael Nadal na Quadra Central. O que menos importa é o resultado. Sabemos ser quase impossível uma vitória do brasileiro. Torço para que Bellucci faça um bom jogo, apresente um bom nível de tênis e que esta partida o ajude a recuperar a confiança para o restante da temporada. É importante lembrar que Bellucci sempre joga bem sem pressão. Vai saber, né?
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sexta-feira, 15 de junho de 2012
Um Rei que Contagia
Caros leitores,
Permitam-me uma confissão:
Sempre admirei muito o espanhol. É impossível não se surpreender com seus feitos e respeitá-lo como um dos maiores tenistas da história. Não o tinha como ídolo. Minha maior inspiração no tênis sempre foi e sempre será Roger Federer, o maior rival do Rei do Saibro. Conforme meu envolvimento profissional com o tênis foi aumentando, deixei um pouco de lado a torcida. Hoje, penso que vença o melhor.
Há algum tempo, notei uma certa mudança em meu pensamento em relação a Rafa Nadal. Minha admiração pelo dono de sete Roland Garros se intensificou. O respeito mais ainda. Até que , certo dia, me peguei gritando um "Vamos" em espanhol. Não era o tradicional "Come On".
O Touro contagia. Sua garra, vontade e dedicação. Hoje, quando a final foi reiniciada, Nadal ganhou um ponto,fechou o punho e mostrou os dentes na vibração. Ali, deixou claro toda sua gana. Que teriam que matá-lo para roubarem mais este troféu. Quando atua no saibro, Rafa beira a perfeição. 254 vitórias, 19 derrotas e 36 títulos no saibro (Obrigado pelas estatísicas,Loio!).
Mas não, leitor, eu não mudei minha torcida, eu não mudei de ídolo.
Eu ganhei mais um ídolo!
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Foto: Reprodução/ Internet
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terça-feira, 5 de junho de 2012
Dois jogos, Quatro atletas, Dois gênios
Hoje, foi um daqueles dias em que tudo volta a ter sentido. Em que dou graças a Deus por respirar esporte no meu dia a dia e, em especial, o tênis. Duas partidas espetaculares. Quatro jogadores em um nível de tênis absurdo, e dois gênios.
Eu sofri. Eu me segurei para não gritar. Me peguei roendo as unhas. E agradeci por presenciar este momento mágico que somente os Grand Slams nos proporciona.
Roger Federer sofreu, xingou,lutou e venceu. Parecia um atleta que ainda busca a consagração tamanha entrega a uma partida. Dois sets abaixo contra um adversário de altíssimo nível, o argetino Juan Martin Del Potro. Federer parecia sem saída. No entanto, os gênios sempre conseguem encontrar uma solução. Na batalha de hoje, o suíço demonstrou que não é apenas diferenciado taticamente. Aos 30 anos, Federer apresentou um preparo físico de um jovem atleta. Afirmou após a vitória que quanto mais a partida se estendia, melhor para ele. E foi. Del Potro, de 23 anos, não aguentou manter o ritmo dos sets iniciais e cedeu. Ao deixar o Leão da Montanha encontrar o seu melhor nível, nada pode fazer.
Alguns comentam que, como Federer e Djokovic sofreram nas partidas anteriores, não conseguirão fazer frentes à Nadal. Eu não concordo. Uma vitória como a dos dois tenistas de hoje só eleva a confiança de ambos. É comum encontrar declarações de atletas dizendo o tão bom que é ganhar jogando mal. Apesar de que Federer e Djokovic não jogaram mal. Enfrentaram tenistas de respeito e, quando mais foi preciso, elevaram seu nível de tênis a um grau absurdo. E saíram com a classificação para a semifinal.
Só tenho que agradecer aos inventores deste esporte por me proporcionarem momentos como desta terça-feira mágica.
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