De volta ao Top 100

Neste final de semana, o tenista Ricardo Mello faturou seu 15º título Challenger em sua carreira no BVA Open realizado em São José do Rio Preto. O atleta campineiro derrotou na decisão o argetino Eduardo Schwank por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/2.

Com a conquista, Ricardo Mello, que não defendia nada esta semana, anotou mais 90 pontos, subiu 25 posições e retornou ao top 100 ficando na posição de 84. O tenista brasileiro também garantiu a vaga na chave principal do Australian Open.

Muito provavelmente, Mello terminará este ano mais uma vez entre os 100 melhores do mundo. O tenista de 30 anos dá um show de como organizar um calendário de acordo com seu nível. Jogou todos os Slams deste ano e ano passado também. Disputou alguns ATP 250 e conseguiu algumas importantes vitórias. Já nos Challengers garantiu sua permanência no Top 100. Ricardinho conhece "os atalhos" para chegar entre os melhores do ranking os utiliza com eficiência.

Já Thomaz Bellucci tem recebido críticas sobre seu calendário. O paulista que hoje ocupa a 38ª posição (a pior do ano) deixou de jogar torneios de ATP 250, os quais poderia ajudar a reencontrar seu tênis e sua confiança, para entrar em campeonatos ATP 500 e Master 1000 com todos os melhores jogadores do mundo. Se amanhã, Bellucci vencer o finlandês Jarkko Niemenen na Basiléia terá o privilégio de jogar contra Roger Federer. Ou seja, vida curta no torneio.

Como bem lembrou o jornalista do Estadão, Giulander Carpes , o sérvio Tipsarevic chegou a 10ª posição se aproveitando dos torneios ATP 250 em que os tops não jogaram. Foi campeão em Moscou diante de Viktor Troicki e Kuala Kampur em cima de Marcos Baghdatis. Estes são ATPs que Bellucci poderia ter jogado e conseguido pontos valiosos já que, convenhamos, Tipsarevic não tem nada demais.

Nos resta torcer ao Bellucci amanhã e esperar por um milagre em cima suíço na Suíça. É mole ?

Foto: www.abertoriopreto.com

Challenger de São José do Rio Preto

Começou esta semana um dos challengers mais fortes do Brasil. Com a premiação de U$ 50.000( + hospedagem) e pela primeira vez realizado na cidade de São José do Rio Preto, o forte challenger conta com cinco jogadores do top 100 além dos brasileiros João "Feijão" Souza,Caio Zampieri,Júlio Silva, José Pereira, Ricardo Mello e Rogério Dutra Silva, medalhista de prata no Pan Americano. Outros quatro tenistas brasileiros e Rio Pretenses receberam convite da organização para disputar o torneio, são eles: Augusto Laranja, Bruno Semenzato, Carlos Oliveira e Thiago Alves.

Na primeira rodada, Mello,6º favorito, bateu o francês Guillaume Rufin por duplo 6/4. Cabeça de chave número 7,Rogerinho também venceu por duplo 6/4 o argentino Andreas Molteni. O rio pretense Carlos Oliveira não resistiu ao americano Wayne Odesnik, treinado por Guillermo Cañas, e perdeu por 6/0 e 6/4.

No duelo entre brasileiros, Augusto Laranja venceu o 1º set por 4/6 mas permitiu a virada João "Feijão" Souza por 6/3 e 6/0. Em outro duelo de compatriotas, Thiago Alves venceu Júlio Silva por 6/4, 2/6 e 6/3 em três horas de jogo.

Caio Zampieri caiu para o argentino Martin Alund em sets diretos 7/6(2) e 6/4 e José Pereira perdeu para o português Frederico Gil e 4º favorito ao torneio por duplo 7/6.

O evento está sendo realizado noHarmonia Tênis Clube. Belo clube, boa estrutura com excelentes quadras de saibro(foto acima). Quem estiver por perto da região de São José do Rio Preto,vale a pena assistir ao torneio.

Um guerreiro

Mesmo sem entender muito de tênis quando era criança, adorava ver aquele tenista que fazia umas palhaçadas dentro da quadra. Achava o máximo vê-lo se atirando na bola para tentar ganhar o ponto e a demonstração de como ele queria ganhar cada ponto jogado, cada partida.

Em 2003, virei fan de vez deste tenista que atende por Fininho, vulgo Fernando Meligeni. A final do Pan de Santo Domingo contra o ex-número 1 do mundo Marcelo Ríos foi o que faltava para virar fan incondicional deste atleta. A história da partida todo mundo sabe e não é preciso repetí-la. Aquela final serviu mais ainda como um exemplo de dedicação.

No seu livro, escrito alguns anos depois da épica vitória, Fininho relata uma frase que o fez mudar toda sua atitude. Em uma determinada partida, Fino fala para o treinador que está sem pernas, o técnico (que não lembro o nome) responde: "Fernando, se não tem mais pernas, corra com o coração". Resultado: Fininho venceu a partida.

Carrego esta frase comigo.É tão importante que você pode ler aqui o porquê. Ela serve para tudo que vou fazer e não apenas para o esporte. Ontem, assisti ao vídeo da palestra motivacional que Meligeni deu para os jogadores brasileiros de Rugby. Não vou contar o vídeo porque quero que vocês assistam, mas numa breve resumida: para alcançar seus objetivos, basta você querer e ter dedicação. Vale muito a pena ver !

O Leão da Montanha

Se você não leu os trechos da última entrevista de Roger Federer, é bom ver antes de ler este meu post. Leia aqui.

Após ler esta entrevista há alguns dias atrás, fiquei pensando em como será o tênis sem Roger Federer. O suíço não é apenas o maior vencedor da história do esporte, ele é a personificação do tênis.

Classe. Esta palavra define o que é Roger Federer. E poucos jogadores conseguiram aliar a classe com vitórias épicas e títulos.

Como se pode perceber, fiquei um pouco sentido ao ler, pela primeira vez, Federer falando sobre se aposentar. No entanto, fiquei aliviado de ter tido a oportunidade de vê-lo jogar pessoalmente no US Open deste ano.

"O fim não me assusta", disse o Leão da Montanha. Porém, assusta seus fans que ainda querem ver você brilhar na quadra por muito tempo.

Achei este vídeo, que coloco o link abaixo, no Youtube e é bem legal. Mostra todos os match points dos títulos de Slams de Federer e mais alguns outros pontos espetaculares. O mais interessante é poder perceber que a reação de Federer ao ganhar o 1º Slam é a mesma do 16º Slam.

http://youtu.be/Lvx_UmGFgNw

ps: não postei o vídeo diretamente no blog pois não está disponível em código HTML, o que é necessário para colocar aqui no blog.

Derrota significativa

Ainda causa surpresa ver uma derrota de Rafael Nadal nas primeiras rodadas. Desta vez, o vencedor foi o compentente alemão Florian Mayer. É bom frisar que de bobo, o germânico não tem nada. Pelo contrário, o número 23 do mundo é dono de um belo jogo com e um bom saque. Hoje, contou com um aproveitamento de 89% de pontos ganhos com o primeiro serviço para liquidar o espanhol em 7/6(5) e 6/3 em 1h47 minutos de jogo.

Após uma temporada quase perfeita no ano passado, a dúvida no momento é: Rafael Nadal não conseguiu manter o nível ou seus adversários aprenderam a jogar e não respeitá-lo tanto dentro de quadra ?

Por mais que não pareça, Nadal manteve o nível. Em quatro Grand Slams, chegou a final em três. Venceu um e perdeu os outros dois. Nos torneios de Master 1000 do primeiro semestre, foi parado sempre por Novak Djokovic. O sérvio que realiza uma das melhores temporadas de todos os tempos foi o grande empecilho do espanhol em todos os torneios que se enfrentaram.

Porém, com as sucessivas vitórias de Nole diante de Nadal, os adversários passaram a acreditar que é possível derrotá-lo. Todos anos, em Roland Garros, o Toro passeava e mal perdia sets. Neste ano, já teve que jogar o 5º set logo na primeira rodada. Nos outros campeonatos, sempre encontrou maiores dificuldades. Os adversários deixaram de respeitar e "entregar" o jogo.

O mesmo aconteceu com Roger Federer. Com o passar dos anos, os adversários foram aprendendo a jogar com o suíço e cada vez complicando mais suas partidas. Isso é bom para o tênis.

Com a derrota de Nadal nas oitavas de final do Master de Xangai, Novak Djokovic tem o número 1 assegurado até o início de 2012.

O enigma Andy Murray

Nesta madrugada, Andy Murray mostrou mais uma vez o seu vasto repertório de golpes e seu potencial para bater qualquer tenista do circuito. De virada e aplicando um pneu em Nadal no 3º set, o escocês chega a uma sequência de apenas uma derrota em 22 jogos realizados e está muito perto de ultrapassar Roger Federer no ranking.

A partida começou com o espanhol dominando e dando poucas chances. Aos poucos, Murray dava sinais de uma reação mas não foi o suficiente no 1º set. Nadal fechou em 6/3. No segundo set, o número 4 do mundo mudou a postura e passou a agredir muito mais o jogo do rival além de seus tradicionais belos contra-golpes. Saiu de 0-40 para confirmar a quebra e,em seguida, atropelou o espanhol perdendo apenas um game no restante. 6/2 e 6/0.

Com o título do ATP 500 de Tóquio, Andy Murray chega ao seu 20º troféu na carreira. Após esta campanha do britânico, ainda me pergunto aonde Murray poderia chegar se tivesse a cabeça no lugar e todos os pinos da cabeça. A qualidade dele é indiscutível. A categoria e habilidade dispensa comentários. Ao assistí-lo, tudo parece fácil. O único e grande problema do número 4 é a parte mental. Não tenho dúvidas que se conseguir superar esta deficiência, ganhará um Grand Slam e brigará pelo posto mais alto do ranking.

Um enigma. É assim que classifico Andy Murray. Ele pode entrar, dar show durante um set e logo em seguida "desencanar" da partida. Torço para que ele supere as adversidades e jogo sempre no seu máximo.

Não contente com o título de simples, Andy Murray juntamente com seu irmão, Jamie Murray, se sagraram campeão na chave de duplas. É o segundo da carreira para os irmãos. Venceram a dupla formada entre o tcheco Frantisek Cermak e o eslovaco Filip Polasek por 6/1 e 6/4.

O Brasil Open em São Paulo

Depois de uma longa luta muito bem explicada por José Nilton Dalcim, a Koch Tavares conseguiu transferir o Brasil Open para a cidade de São Paulo. Com esta mudança, o torneio visa ter maior público visto que nos últimos anos raramente havia jogos com as quadras lotadas. Mesmo com a baixa audiência e a distância, o torneio na Costa do Sauípe era interessante para a promotora pois, pelo lado corporativista, era lucrativo e ainda alguns jogadores vinham não só para jogar mas também para curtir o belo cenário bahiano.

Uma das grandes dificuldades na transferência do evento para São Paulo foi encontrar um lugar com uma estrutura decente para se realizar um torneio nível ATP. Sinceramente, é vergonhoso o fato de ,na cidade com maior número de tenistas do país, não se ter um um local ideal para grandes torneios. Aliás, se fosse só apenas na capital paulistana seria bom demais para ser verdade. Infelizmente, em todo o Brasil, não se tem qualquer estrutura realmente bom para o tênis.

O Brasil Open será realizado no Parque do Ibirapuera. Os dois ginásios irão servir como quadras principais enquanto as quadras do Circulo Militar, em frente ao parque, serão de treino e aquecimento. Apesar da região não ser de muito fácil acesso atráves do transporte público, tenho toda certeza que as partidas irão ter um público muito maior do que em Sauípe. O povo paulistano adora tênis e com certeza será um ótimo atrativo. Como exemplo, neste ano presenciei o Champions Tour no clube Harmonia e até teve uma audiência legal já que foi restrito a convidados e associados.

A proposta é válida. Se a estrutura montada ficar legal, tem tudo para dar certo. Assistir uma partida de saibro numa quadra coberta é ,no mínimo, interessante. Entretanto, é preciso de jogadores com certo nome para atrair ainda mais e consequentemente aumentar o lucro.

Roger Federer e Martina Hingis ?

Para todo apaixonado pelo tênis, uma notícia que gera muita expectativa para o ano de 2012: Roger Federer pode formar parceria com Martina Hingis nas duplas mistas !

A suíça, ex-número 1 do mundo e dona de cinco títulos de Grand Slam, não disputa uma partida oficial desde 2007 quando foi suspensa por dois anos ao ser pega no doping pelo uso de cocaína. Já com 31 anos, a decisão de jogar já no Australian Open está nas "mãos" de Hingis. Segundo algumas fontes, o desejo de Federer é mantém a parceria até a Olimpíadas em Londres, disputada na sagrada grama de Wimbledon, onde os dois já foram campeões.

Martina Hingis é um talento a parte. Tornou-se profissional aos 14 anos e com 17 não só foi campeã de Wimbledon como também chegou ao posto de número 1 do ranking. Conquistou três vezes o Australian Open e uma vez o US Open além de ter nove títulos de Majors em duplas. Em sua carreira, foram 43 títulos de simples e 37 em duplas. Será espetacular ver Hingis novamente dentro das quadras e melhor ainda ao lado de Roger Federer.

No ATP 250 de Bangcoc, Andy Murray venceu facilmente a promessa americana Donald Young por 6/2 e 6/0 em apenas 47 minutos e agora fica a menos de 1.000 pontos de ser 3º do ranking. Já que Federer não disputará o ATP 500 de Tóquio, a vantagem do suíço poderá cair ainda mais e ver seu posto bastante ameaçado até o final do ano. Este foi 3º título de Andy Murray no ano e o 19º da carreira.

Amanhã, às 10h, Thomaz Bellucci estreia no ATP 500 de Pequim contra o ex-número 1 do mundo Juan Carlos Ferreiro. No ranking anunciado hoje, o brasileiro ganhou duas posições e aparece como o 36º. Já o espanhol, está no 84º posto. Vamos Bellucci !