A possível mudança de piso no circuito da Am.Latina

Nestes últimos dias, muito têm se falado sobre a possível mudança do tipo de piso do circuito Latino Americano. Os quatro torneios (Santiago, Costa do Sauípe, Buenos Aires e Acapulco) são disputados no saibro e possuem como principal problema o fato de atrair poucos jogadores top 10. Sem os grandes jogadores de peso, os torneios perdem não só em visibilidade e baixo público mas também a oportunidade de conseguir maiores valores de patrocínio.

Os organizadores dos quatro ATps irão fazer um pedido para a Associação Masculina de Tênis(ATP) mudar para o piso sintético, tornando-se torneios preparatórios para os Master 1000 de Miami e de Indian Wells(ambos disputados em quadras sintéticas), o que ,com certeza, atrairia os tops a vir jogar as competições da América Latina.

A minha humilde opinião sobre este fato:

Não tem como discordar dos organizadores ao ler suas pertinentes razões. Quando se realiza um evento, a principal intenção é faturar o máximo possível. Com a troca de piso, jogadores que estão disputando o ATP 500 de Dubai (Djokovic, Federer) poderiam vir jogar o ATP 500 de Acapulco. E qual empresário não quer um Federer/Djokovic ou até mesmo um Davydenko ou Berdych em seu evento ?

Só para constar a diferença: enquanto em Dubai tem Federer e Djokovic, em Acapulco os dois principais cabeças de chave são David Ferrer e Fernando Verdasco. Não preciso nem dizer quem traz maior visibilidade e retorno financeiro.

Por outro lado, o calendário de torneios em saibro irá ficar cada vez mais curto. Como disse Nícolas Almagro: "Já temos muitos torneios disputados em cimento e sintético e cada vez menos na terra batida". As disputas em terra batida são sempre bastantes interessantes, e ,para mim, o saibro está para o tênis assim como a grama está para o futebol.

Para nós, espectadores, a mudança de piso poderá ser benéfica já que aumenta a possibilidade de assistir uma partida ao vivo dos melhores jogadores do mundo. Portanto, sou a favor da mudança, com dor no coração, mas sou.