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quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Surpresa do Ano

"Não é uma tragédia", disse Rafael Nadal na coletiva após a partida.


Não é uma tragédia, mas é a zebra do ano. Não são todos os dias que você ve um tenista top 10 perder para o 100º do ranking.


Se fosse Bellucci no lugar do espanhol, a derrota já iria repercutir com certa intensidade aqui no Brasil. Agora, imagine o número 2 do mundo, um dos maiores tenistas da história, a perder na segunda rodada de um Grand Slam e para um tenista top 100.


É raro. Porém, é o esporte. A grama é traiçoeira.


Lukas Rosol distribuiu pancadas por todos os cantos da quadra. Não deixou Nadal pensar. O espanhol não conseguiu ficar à vontade. Agressivo o tempo inteiro, o tcheco ganhou 83% dos pontos disputados com o primeiro saque, executou 22 aces e 65 pontos vencedores. No game final, Rosol fez três aces e um winner. Perfeito.


O espanhol alegou cansaço físico. Não tirou os méritos do adversário e também reconheceu que esteve longe do seu melhor nível, mas reforçou que precisa descansar. Faz sentido e totalmente compreesível após uma gira vitoriosa no saibro. 


Já na primeira rodada de Wimbledon, Nadal oscilou mais do que o costume contra Bellucci. Naquela partida, deixou claro que não estava 100% à vontade na grama. Na eliminação, sofreu com os saques do tcheco e não encontrou o time das devoluções. Um problema cruel quando se joga em um piso rápido.

Pelo lado positivo, Nadal tem tempo suficiente para se preparar para os jogos Olímpicos de Londres.


E o tcheco? Não me espantaria se ele for derrotado no próximo jogo contra o alemão Kohlschreiber.


Mudanças no Ranking: 


Com a derrota na segunda rodada, Rafael Nadal irá perder o número 2 do ranking para Roger Federer. É bom lembrar que basta o suíço ser campeão para se tornar o novo número 1 do mundo.



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Wimbledon começou!



Há alguns anos, eu não conseguia sentir uma paixão muito forte por Wimbledon. Não consigo entender exatamente o porquê, e até hoje não entendo. Mas ainda bem que tudou mudou. Graças a Deus. Hoje, é o meu torneio preferido.

Infelizmente, a temporada de grama é curtíssima. Alguns ATPs 250 e o Grand Slam. Sem contar o fato que começa duas semanas após o fim de Roland Garros. É neste tempo que a ATP deveria repensar no calendário. Os Slams terminam no começo de Setembro. E até o ATP Finals fica aquela sensação de que a temporada já terminou.

Logo após este breve desabafo do blogueiro, vamos comentar sobre o primeiro dia na grama sagrada.

O número 1 do mundo e atual campeão, Novak Djokovic, não teve muito que suar para vencer o espanhol Juan Carlos Ferreiro. Para se manter no posto mais alto do ranking, Nole precisa chegar à final. Na próxima rodada, ele enfrenta o americano Ryan Harrison.

Em seu habitat natural, Roger Federer treinou na Quadra 1. Com um triplo 6x1, o dono de seis títulos na grama atropelou o espanhol Albert Ramos. O suíço tem uma chance real de voltar ao número 1 do mundo. Para isto, Federer precisa ser campeão. E como está no lado da chave de Novak Djokovic, teria um confronto direto com o sérvio na semifinal. É válido ressaltar que, do top 4, a chave de Federer é mais fácil. Se levarmos em conta o histórico do Leão da Montanha na grama, as chances do dono de 16 Slams levantar o sétimo troféu na grama sagrada são muito boas. Na segunda rodada, Federer enfrenta o italiano Fabio Fognini.

O primeiro dia de Wimbledon também trouxe boas surpresas. 

Quem iria imaginar que o colombiano Alejandro Falla ganharia de John Isner,cabeça de chave nº 11, na grama? Pois é, vitória maiúscula do tenista sul americano. Jogar contra o gigante americano nunca é fácil devido a potência do seu saque. Na grama, pior ainda. Mas fiquei muito feliz por este resultado do Falla. É importante para o tênis sul americano. Parciais de: 6/4, 6/7(7), 3/6, 7/6(7) e 7/5.

Outra zebra foi a vitória do letão Ernest Gulbis em cima do cabeça de chave número 6, o tcheco Tomas Berdych. O tenista nº 87 já foi top 21 e já quase venceu Rafael Nadal no saibro. Na época, Gulbis era cotado para ser um tenista top 15. No entanto, os rumores de que o tenista é apaixonado pela vida noturna são fortes. Tanto que na coletiva após a partida, o letão assumiu que não embala por ter preguiça de treinar. Desde então, despencou no ranking e não conseguia nenhuma vitória significativa até o triplo 7/6 em cima de Berdych.

Brasileiros:

Marcelo Melo junto com o croata Ivan Dodig estreiaram com vitória. De virada, venceram a dupla austríaca Ashley Fisher/Jordan Kerr. 

Thomaz Bellucci também estreiou hoje na chave de duplas, mas com derrota. Ao do lado do australiano Carsten Ball, a dupla for derrotada pela parceria formada entre o italiano Daniele Bracciali e o austríaco Julian Knowle em três sets.

Amanhã temos Thomaz Bellucci x Rafael Nadal na Quadra Central. O que menos importa é o resultado. Sabemos ser quase impossível uma vitória do brasileiro. Torço para que Bellucci faça um bom jogo, apresente um bom nível de tênis e que esta partida o ajude a recuperar a confiança para o restante da temporada. É importante lembrar que Bellucci sempre joga bem sem pressão. Vai saber, né?



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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um Rei que Contagia


Caros leitores,

Permitam-me uma confissão:

Sempre admirei muito o espanhol. É  impossível não se surpreender com seus feitos e respeitá-lo como um dos maiores tenistas da história. Não o tinha como ídolo. Minha maior inspiração no tênis sempre foi e sempre será Roger Federer, o maior rival do Rei do Saibro. Conforme meu envolvimento profissional com o tênis foi aumentando, deixei um pouco de lado a torcida. Hoje, penso que vença o melhor.

Há algum tempo, notei uma certa mudança em meu pensamento em relação a Rafa Nadal. Minha admiração pelo dono de sete Roland Garros se intensificou. O respeito mais ainda. Até que , certo dia, me peguei gritando um "Vamos" em espanhol. Não era o tradicional "Come On".

O Touro contagia. Sua garra, vontade e dedicação. Hoje, quando a final foi reiniciada, Nadal ganhou um ponto,fechou o punho e mostrou os dentes na vibração. Ali, deixou claro toda sua gana. Que teriam que matá-lo para roubarem mais este troféu. Quando atua no saibro, Rafa beira a perfeição. 254 vitórias, 19 derrotas e 36 títulos no saibro (Obrigado pelas estatísicas,Loio!).

Mas não, leitor, eu não mudei minha torcida, eu não mudei de ídolo.

Eu ganhei mais um ídolo!


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Foto: Reprodução/ Internet

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dois jogos, Quatro atletas, Dois gênios

Tem dias que me pego pensando como posso amar tanto determinado esporte. Ou até mesmo quando me pego sofrendo em uma partida na qual eu não estou torcendo para nenhum jogador.No entanto, há dias que em tudo faz sentido. 


Hoje, foi um daqueles dias em que tudo volta a ter sentido. Em que dou graças a Deus por respirar esporte no meu dia a dia e, em especial, o tênis. Duas partidas espetaculares. Quatro jogadores em um nível de tênis absurdo, e dois gênios.


Eu sofri. Eu me segurei para não gritar. Me peguei roendo as unhas. E agradeci por presenciar este momento mágico que somente os Grand Slams nos proporciona.


Roger Federer sofreu, xingou,lutou e venceu. Parecia um atleta que ainda busca a consagração tamanha entrega a uma partida. Dois sets abaixo contra um adversário de altíssimo nível, o argetino Juan Martin Del Potro. Federer parecia sem saída. No entanto, os gênios sempre conseguem encontrar uma solução. Na batalha de hoje, o suíço demonstrou que não é apenas diferenciado taticamente. Aos 30 anos, Federer apresentou um preparo físico de um jovem atleta. Afirmou após a vitória que quanto mais a partida se estendia, melhor para ele. E foi. Del Potro, de 23 anos, não aguentou manter o ritmo dos sets iniciais e cedeu. Ao deixar o Leão da Montanha encontrar o seu melhor nível, nada pode fazer. 


Já o que aconteceu na quadra central, Philippe Chatrier, é impossível de se transmitir em palavras. Jo Wilfried Tsonga apresentou seu melhor nível durante maior parte da partida. Teve cinco match points. Mas esbarrou no outro gênio, Novak Djokovic. O sérvio foi além dos limites. Nos pontos mais complicados, foi extremamente corajoso e agressivo. Virou uma partida que, para muitos, estava perdida. Porém, é o número 1 do mundo. É o homem a ser batido. E não serão 5 match points que vão derrotar Novak Djokovic. O sérvio voltou. E vai ser difícil pará-lo.


Alguns comentam que, como Federer e Djokovic sofreram nas partidas anteriores, não conseguirão fazer frentes à Nadal. Eu não concordo. Uma vitória como a dos dois tenistas de hoje só eleva a confiança de ambos. É comum encontrar declarações de atletas dizendo o tão bom que é ganhar jogando mal. Apesar de que Federer e Djokovic não jogaram mal. Enfrentaram tenistas de respeito e, quando mais foi preciso, elevaram seu nível de tênis a um grau absurdo. E saíram com a classificação para a semifinal.


Só tenho que agradecer aos inventores deste esporte por me proporcionarem momentos como desta terça-feira mágica.